sábado, 13 de fevereiro de 2010

Acidente Vascular Cerebral - AVC


O que é?

O acidente vascular cerebral é caracterizada pelo início agudo de um deficit neurológico
(diminuição da função) que persiste por pelo menos 24 horas, refletindo envolvimento
focal do sistema nervoso central como resultado de um distúrbio na circulação cerebral;
começa abruptamente, sendo o deficit neurológico máximo no seu início podendo progredir
ao longo do tempo.

O termo ataque isquêmico transitório (AIT) refere-se ao deficit neurológico transitório
com duração menor que 24 horas até total retorno à normalidade; quando o deficit dura
além de 24 horas, com retorno ao normal é dito como um deficit neurológico isquêmico
reversível (DNIR).

Podemos dividir o acidente vascular cerebral em duas fases


O acidente vascular isquêmico consiste na oclusão de um vaso sangüíneo que interrompe o
fluxo de sangue a uma região específica do cérebro, interferindo com as funções
neurológicas dependentes daquela região afetada, produzindo uma sintomatologia ou deficits
característicos.
No acidente vascular hemorrágico existe hemorragia (sangramento) local, com outros
fatores complicadores tais como aumento da pressão intracraniana, edema (inchaço) cerebral,
entre outros, levando a sinais nem sempre focais.

Como se adquire?

Vários fatores de risco são descritos e estão comprovados na origem do acidente vascular
cerebral, entre eles: a hipertensão arterial, doença cardíaca, fibrilação atrial,
diabete, tabagismo, hiperlipidemia. Outros fatores que importantes são: o uso de pílulas
anticoncepcionais, álcool, ou outras doenças que acarretem aumento no estado de
coagulabilidade (coagulação do sangue) do indivíduo.

Quais os sintomas?

Depende do tipo de acidente vascular cerebral que o paciente está sofrendo:
isquêmico, hemorrágico, sua localização, fatores como idade

Fraqueza:
O início agudo de uma fraqueza em um dos membros (braço, perna) ou face é o sintoma mais
comum dos acidentes vasculares cerebrais. Pode significar a isquemia de todo um hemisfério
cerebral ou apenas de uma pequena e específica área. Podem ocorrer de diferentes formas
apresentando-se por fraqueza maior na face e no braço que na perna; ou fraqueza maior na
perna que no braço ou na face; ou ainda a fraqueza pode se acompanhar de outros sintomas.
Estas diferenças dependem da localização da isquemia, da extensão e da circulação cerebral
acometida.

Distúrbios Visuais:
A perda da visão em um dos olhos, principalmente aguda, preocupa os pacientes e geralmente
os leva a procurar avaliação médica. O paciente pode ter uma sensação de "sombra'' ou
"cortina" ao enxergar ou ainda pode apresentar cegueira transitória (amaurose fugaz).


Perda sensitiva:
A dormência ocorre mais comumente junto com a diminuição de força (fraqueza), confundindo
o paciente; a sensibilidade é subjetiva.

Linguagem e fala (afasia):
É comum os pacientes apresentarem alterações de linguagem e fala; assim alguns pacientes
apresentam fala curta e com esforço, acarretando muita frustração (consciência do esforço
e dificuldade para falar); alguns pacientes apresentam uma outra alteração de linguagem,
falando frases longas, fazendo pouco sentido, com grande dificuldade para compreensão
da linguagem. Este sintoma pode ser descrito como um ataque de confusão ou estresse.

Convulsões:
Nos casos da hemorragia intracerebral, do acidente vascular dito hemorrágico, os sintomas
podem se manifestar como descritos acima, geralmente mais graves e de rápida evolução.
Pode acontecer uma hemiparesia (diminuição de força do lado oposto ao
sangramento) , além de desvio do olhar. O hematoma pode crescer, causar edema (inchaço),
atingindo outras estruturas adjacentes, levando a pessoa ao coma. Os sintomas podem
desenvolver-se rapidamente em questão de minutos.


Como o médico faz o diagnóstico?

A história e o exame físico dão subsídios para uma possibilidade de doença vascular
cerebral como causa da sintomatologia do paciente.Entretanto, o início agudo de sintomas
neurológicos focais deve sugerir uma doença vascular em qualquer idade, mesmo sem fatores
de risco associados. A avaliação laboratorial inclui análises sangüíneas e estudos de
imagem (tomografia computadorizada de encéfalo ou ressonância nuclear magnética).
Outros estudos: ultrassom de carótidas e vertebrais, ecocardiografia e angiografia podem
ser feitos.

Como tratar e previnir?

Inicialmente deve-se diferenciar entre acidente vascular isquêmico ou hemorrágico.

O tratamento inclui a identificação e controle dos fatores de risco, o uso de terapia
antitrombótica (contra a coagulação do sangue) e endarterectomia (cirurgia para retirada
do coágulo de dentro da artéria) de carótida em alguns casos selecionados. A avaliação
e o acompanhamento neurológicos regulares são componentes do tratamento preventivo bem
como o controle da hipertensão, da diabete, a suspensão do tabagismo e uso de determinadas
drogas (anticoagulantes) que contribuem para a diminuição da incidência de acidentes
vasculares cerebrais.

O acidente vascular cerebral em evolução constitui uma emergência, devendo ser tratado em
ambiente hospitalar.

O uso de terapia antitrombótica é importante para evitar recorrências. Além disso, deve-se
controlar outras complicações, principalmente em pacientes acamados (pneumonias,
tromboembolismo, infecções, úlceras de pele) onde a instituição de fisioterapia previne e
tem papel importante na recuperação funcional do paciente.

As medidas iniciais para o acidente vascular hemorrágico são semelhantes:
Controle da pressão, em alguns casos a cirurgia é mandatória com o objetivo de se tentar
a retirada do coágulo e fazer o controle da pressão intracraniana.

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