Acromegalia
Doença provocada pelo excesso prolongado de Hormônio do Crescimento (também conhecido pela sigla "GH", abreviatura do inglês "Growth Hormone"), que aos poucos, vai provocando uma série de sintomas, principalmente o aumento das extremidades, dores articulares e alterações das proporções faciais. O quadro característico leva a um aumento do dos pés, dificuldade para usar anéis e modificações faciais que incluem crescimento excessivo do queixo, dos lábios, do nariz e perda espontânea dos dentes.
Como se desenvolve?
Esta doença é provocada por um tumor benigno da glândula hipofisária, localizada no cérebro, cuja causa ainda é desconhecida.Em algumas pessoas, o diagnóstico é estabelecido a partir de exames de imagem do crânio como Rx, Tomografia ou Ressonância Magnética, realizados por trauma de crânio, cefaléia, ou outras queixas ocasionais.
Sintomas
As principais características da doença são:
Mãos e pés grandes associados a uma face característica (aumento da região frontal/testa),
Aumento do nariz e dos lábios
Aumento da mandíbula com queixo proeminente
Perdas dentárias e
Cefaléia.
Os pacientes apresentam ainda:
Pele engrossada com aumento da oleosidade e sudorese excessiva
Engrossamento da voz
Aumento do diâmetro do tórax
Aumento dos genitais
Formigamentos nas mãos e nos pés
Dores articulares principalmente na coluna, quadril, joelhos e tornozelos.
Ocorre também uma série de alterações metabólicas, principalmente:
Diabete melito
Hipertensão arterial
Litíase urinária (pedras nos rins)
Insuficiência cardíaca e
Aumento de colesterol e triglicerídeos.
Nos casos de diagnóstico tardio, pode ocorrer alteração visual provocada pela compressão do tumor hipofisário sobre o nervo ótico, associado a um quadro de dor de cabeça mais intensa. Freqüentemente os pacientes apresentam distúrbios severos do sono, que podem variar desde o ronco excessivo até quadros graves de apnéia (parada da respiração), devido a alterações das vias aéreas e do tórax.
Diagnóstico
Inicialmente o diagnóstico é clínico, baseado em alto grau de suspeita de pacientes que apresentam um rosto e/ou extremidades característicos. Nestes pacientes, a doença é facilmente comprovada a partir de exames de sangue, nos quais se procede a dosagem do GH e de seus efetores (IGF-I) por radioimunoensaio, complementados por radiografias do crânio, sela túrcica, mãos e pés e tomografia computadorizada ou ressonância magnética de sela túrcica. Nos pacientes em que o tumor hipofisário é maior do que 10 mm e/ou que apresentam extensão supra-selar do tumor hipofisário, deve se realizar também uma avaliação de campo visual ,campimetria, e dosar os hormônios secretados pela hipófise normal. Em raríssimos casos, nos quais há elevação do GH e de IGF-I, porém a hipófise é normal nos exames de imagem, deve-se suspeitar de produção hormonal em outras regiões do corpo, principalmente nos pulmões ou pâncreas.
Tratamento
Está indicada a cirurgia hipofisária, após uma avaliação do risco anestésico, geralmente uma microcirugia, na qual se procede um orifício a partir do maxilar superior, atravessando os seios da face e chegando até a sela túrcica de onde o tumor é retirado. Pacientes com volumosos tumores se prolongando para regiões superiores à sela túrcica podem necessitar de cirurgia, em que a incisão cirúrgica é feita na região lateral do crânio. Dependendo do volume tumoral e dos níveis de GH, a maioria dos pacientes obtem a cura pela cirurgia. Naqueles em que este objetivo não é alcançado, procede-se a radioterapia sobre a hipófise. Até ser alcançada a cura pela radioterapia, os pacientes podem ser tratados medicamentosamente. Antes e depois desses procedimentos, os pacientes devem ser avaliados periodicamente no que se refere a sua função hipofisária e manejados clinicamente, na dependência dos distúrbios associados, principalmente o diabete melito e a hipertensão arterial
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